29 jun 2016
29 jun 2016
Entrevista de Elizabeth ao TalkNerdyWithUs
Artigo

Este post contém spoilers do 1×01 de Dead of Summer. Você foi avisado.

A mais nova série de Freeform, Dead of Summer, segue a história de um grupo de concelheiros no Acampamento Stillwater nos anos 80.  Os concelheiros são Alex (Ronen Rubinstein), Jessie (Paulina Singer), Cricket (Amber Coney), Joel (Eli Goree), Blair (Mark Indelicato), Blotter (Zachary Gordon), e Amy (Elizabeth Lail). Quando a sombria mitologia de Stillwater desperta, o que deveria ser um verão de diversão tornam-se sustos a cada esquina. A série será lançada hoje às 9|8pm. Durante o ATX em junho, conversamos com a talentosa novata Elizabeth Lail e Mark Indelicato (mais conhecido pelo papel de Justin Suarez na série de sucesso da ABC, “Ugly Betty”) sobre seus papeis no Acampamento Stillwater.

Elizabeth, no piloto descobrimos que sua amiga morreu. Ela vai lidar com essa perda toda a temporada? Como isso a afeta no Acampamento?

É relativamente recente porque Amy tinha planejado ir para o acampamento com sua amiga de escola. Elas tinham acabado de se formar no ensino médio. Esse foi um acontecimento recente trágico e eu acho que Amy lida com isso dia a dia dentro de si mesma, mas o campo tem esse jeito misterioso de manifestar isso fisicamente e de forma sobrenatural. Ele começa a afetar seus relacionamentos com as pessoas e sua noção de tempo. É como se nos seus primeiros dias no acampamento ela fosse assombrada por esta memória da morte de sua amiga. Isso é uma coisa difícil de lidar e acho que ela lida com isso todo o tempo, esse tipo de perda.

Quando vocês assinaram o contrato para a série, vocês tinham uma idéia do arco geral da temporada? Ou você foram mantidos no escuro sobre as ações que iriam acontecer com os personagens?

[…]

Cada episódio é uma surpresa muito agradável, mesmo assim. Nós lemos e ficamos tipo, “Oh meu Deus, eu não posso acreditar que isso acontece.” É realmente uma adorável jornada como ator a ser descoberta de certa forma, como o público faria.

Voltando ao piloto, alguns dos personagens tem segredos que são suspeitos. Existem caras bons e maus na série? Ninguém é realmente bom ou existe um vilão?

Elizabeth: Com certeza tem um vilão.
Mark: Existem, mas claro que eles não mostram quem é. Você meio que tem uma ideia de quem pode ser no primeiro episódio. Acaba sendo… Fica complicado.
Elizabeth: Não fica claro mas com certeza tem.
Mark: Não é claro até pra gente. (Risos.)
Elizabeth: Tem várias forças envolvidas.
Mark: Sim.
Elizabeth: Tem o acampamento em si, que tem vida própria.
Mark: É seu próprio personagem.
Elizabeth: E tem os satanistas.
Mark: E também os concelheiros com os segredos.
Elizabeth: É, você poderia ser seu próprio inimigo.
Mark: Com certeza. Os escritores são muito versáteis. Adam, Eddy e Ian são bem versáteis em escreverem coisas que tem muita reviravolta e acabam se forma inesperada.

Quando se pensa em adolescentes, acampamento de verão e vilões a tendência é pensar em Sexta-feita 13. Vocês podem contar se o vilão é um assassino do tipo que dilacera as pessoas?

Mark: Não tem isso. Eles tem sido bastante inflexíveis quanto a isso.
Elizabeth: As pessoas morrem. Mas isso é de costume acontecer.
Mark: É, todo mundo morre. (Risos.)

Falando em morte, aquele homem que Joel viu atrás de Amy na filmadora, é o mesmo do fim do piloto? No lago?

Mark: É o mesmo. Você não fica sabendo nada sobre ele até mais para o final da temporada.
Elizabeth: Bem mais pro final.
Mark: Nem a gente sabe muito sobre ele, na verdade.
Elizabeth: É, ele é um mistério.
Mark: Tem alguns rumores por aí sobre sua função, mas não temos uma ideia clara, ainda. Ficamos sem saber das coisas a maior parte do tempo. Eu realmente nunca sei o que está acontecendo com o meu personagem.
Elizabeth: A gente acha que sabe, mas aí estamos errados. (Risos.)
Mark: Sentamos em círculo pra conversar sobre as teorias e daí estamos todos errados.
Elizabeth: É que nem jogar adivinha.
Mark: É, é tipo ‘na sala de jantar com o castiçal e o homem alto.’

A Freeform já foi ABC Family, e eles estão crescendo. Quero dizer, eles tiverem “Pretty Little Liars” por sete anos e querem alguma série que possa ser a nova “Pretty Little Liars”. Sei que eles estão tentando envolver um público um pouco mais velho. Vocês acham que isso se encaixa em “Dead of Summer”? Será que a série poderia inovar em alguma coisa? Explorar alguns temas mais sombrios?

Sim, é muito sombrio. Cada vez que leio um episódio, só fica mais e mais sombrio. A coisa maravilhosa que eu acho que eles estão fazendo com “Dead of Summer” é que ainda é muito verdadeira. Não é apenas sombria só por ser. Ou assustador só por ser. Eles estão criando algo realmente complexo e inteligente, mas ainda relacionável ao público da Freeform com os jovens conselheiros do acampamento.

Como os anos 80 influencia a série? Por que vocês acham que é necessário se passar nessa época?

Mark: É uma homenagem a esse filmes de acampamento com adolescente. Eles queriam combinar os adolescentes com algo de terror dos anos 80.
Elizabeth: É também o ano que Adam e Eddy foram acampar. Foi no verão desse ano que aconteceu então eles estão escrevendo usando…
Mark: No verão de 89. É bem pessoal para eles.
Elizabeth: Gostamos por que exige que a gente converse, sem usar mensagens de texto ou algo do tipo.
Mark: Com certeza. Não tem como digitar nada sobre isso por que simplesmente não existe.
Elizabeth: Sim. Tem algumas musicas fantásticas.
Mark: Sim, é bom ter conversa cara a cara e não sair em uma guerra de mensagens tipo “Gossip Girl” ou algo assim.
Elizabeth: Sim, e também em 1989 houve uma mania satanista. Se passa nessa época para poder pegar essas referências também.
Mark: Eu também acho que ser definido na década de 80 e estar em uma rede como a Freeform pode ser muito interessante para um público mais jovem por causa música. A música é realmente grande parte da série, seja um personagem ser obcecado com um determinado artista ou apenas a música que está sendo tocada como trilha sonora. Acho que nesta cultura em que estamos vivendo agora é tudo sobre: “Qual é a mais nova tendência? Qual é a mais nova mania? “Nós não estamos realmente olhando para trás e apreciando o que veio antes. Eu acho que poderia ser bem educacional ou re-educacional para um grupo mais jovem de pessoas.
Elizabeth: Também parece ser o hora certa para isso, com a morte de Prince e David Bowie.

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Via

Tradução e adaptação por Elizabeth Lail Brasil – Não reproduza sem os créditos!