30 jun 2016
30 jun 2016
REVIEW DE DEAD OF SUMMER: 1×01 – Patience
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Este post pode conter spoilers do 1×01. Se você não assistiu ainda, não leia. Se assistiu, vou adorar saber o que você achou 🙂

Quando Elizabeth foi confirmada na nova série de Adam, Eddy e Ian, fiquei super animada. Pra melhorar, Elizabeth Mitchell vinha de brinde e as duas estariam trabalhando lado a lado como protagonistas.

Comecei a contar os dias para as gravações e aos poucos fui conhecendo o elenco, que era bem novo pra mim. Ainda não tinha parado pra pensar no que faria com uma série de terror, que de longe é meu gênero preferido. Na verdade, nem vejo nada de terror. Sou medrosa mesmo.

Muito me animava ver logo como seria a história envolvendo esse acampamento, onde a Elizabeth se encaixava em cena e como um elenco, que logo de cara já era unido, se desenvolveria. Acabamos com um ótimo elenco jovem, versátil e de texto afiado, principalmente Amber Coney.

A cena de abertura, que pra mim é a melhor cena do episódio, é a mais digna de algo de terror. Tony Todd, símbolo desse gênero, dá logo as caras, mostrando seu tão esperado e misterioso personagem. Uma pena que foi bem rapidinho. É uma ótima introdução à série.

Acontece uma passagem de tempo e estamos no ano de 1989, que não é só o ano que a Taylor Swift nasceu (ha!) como também o ano que houve uma grande ascensão satanista. A série envolve o anos oitenta não apenas como uma mera época, mas incorpora contextos históricos, como o citado acima, e culturais: as roupas e as musicas. Atenção para uma ótima trilha sonora!

Amy, personagem de Elizabeth, coitadinha, já chega passando um pouquinho de vergonha. Cricket, personagem da Amber, já estava lá pra fazer graça dela. Mas Amy não deixa barato. É uma qualidade legal da Amy. Ela é tímida, quietinha e pode não ter muitos amigos, mas ela sabe dar uma resposta de igual pra igual. Em um dos flashbacks na escola, Amy dá a entender que é sabichona, que é outra qualidade dela.

Todos os flashbacks ficam por conta de Elizabeth e a vida de Amy antes do acampamento. Ela e sua amiga Margot decidem que vão ao Acampamento Stillwater e em um evento trágico, Margot acaba morrendo. A cena da morte, aliás, particularmente achei estranhíssima. Margot pendurada na janela poderia ter sido melhor. O que sobra dela é a pulseira, que Amy já gostava. Depois da morte da amiga, Amy começa a usá-la como uma lembrança.

Vemos pouquíssimo de Elizabeth Mitchell, que tem um monte de cenas com a Lail! Apesar de ser super misteriosa, Deb parece realmente se importar com Amy.

Blair e Cricket tem muito da amizade que Mark Indelicato e Amber tem na vida real. Blair, que se assumiu gay faz tempo, com certeza merece destaque: Se já não é fácil fazer isso hoje, imagina nos anos 80?

Não sabemos muito sobre Jessie Tyler ainda, mas seu apelido no acampamento quando menor era “braces” (aparelho) e ela e Garrett já foram namoradinhos.

Para o terror de Amy, o acampamento está vivo e começa a manifestar seus maiores medos, que tem tudo a ver com a perda de Margot. É importante lembrar que só a Amy vê as assombrações.

Zelda Williams conseguiu chamar a atenção de todos, não só por que seu personagem era misterioso, mas também por que ela interpreta um rapaz transgênero. Os outros campistas não sabem disso e de acordo com Zelda, Drew não toca no assunto, sendo isso levado como algo natural. A atriz, que tem um ótimo trabalho de voz, conseguiu ficar irreconhecível. Mesmo assim, poderiam ter usado o papel para dar lugar à um ator de fato transgênero.

O episódio faz jus ao nome (“Patience”) e mostra superficialmente a história do acampamento e de seus personagens, mas que só será explorada no decorrer da temporada de dez episódios. A série mostra um novo lado de Elizabeth, que está ótima, mas deixa a desejar na cena em que conta sobre Margot à Garrett.

Ao todo, temos uma série que precisa de mais alguns episódios para mostrar seu potencial, mas que segura o público com um elenco jovem e adultos excelentes.